. escrever é uma febre constante que queima por dentro. o suadouro é pelo por pra fora; fazê-la baixar, justamente pelo papel.
. sem sequer conhecer as paredes brancas a cal do agreste Mediterrâneo. sentir seu calor em sal, têmpera em rochas, oliveiras.
. nos lençóis revoltos enrolo meus rolos. rolo o tempo incomodado pela certeza de que o despertador, indiferente, berrará eficiente às 6h40. na ausência de paredes no ainda negror de fim de noite, arregalo os olhos pro nada, sem parâmetros de espaço, a não ser o contato vertical com o colchão. remoo esbugalhado os anseios, essa total falta de sono e saída.
. a ideia da morte ligada à de formigas. ser inumerável e sua perenidade. em soma. falta de individualidade, na vulgaridade que lhe é própria. nos corredores, terras, lixos, porões, estruturas. mas, principalmente, pela minha pia.
na inevitável identificação. no limite inarredável do termo de cada um. morte – no só, no dentro de si, no passar e as formigas ficarem. sempre houve. e restarão pra todo o depois.
. o passo com prioridade deve ser o de acalmar. envolver, tecer o todo. o conjunto, a unidade. o centro. selva de si.
contudo, uma relação amorosa pode centrar em definitivo. arriscado demais pra quem é agitado. desmatado, coitado...
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