21 de out. de 2010
16 de out. de 2010
terceiro movimento

Do corredor à minha esquerda, escuto o som próximo de uma orquestra, que está ensaiando e da qual também faço parte. O maestro pede atenção para o repasse que farão no terceiro movimento, aquele que justamente terá como solo o meu instrumento. Fico ligado, sei que não toco instrumento algum, então terei de ficar ainda muito mais atento ao tal terceiro movimento, para poder me sair minimamente bem na apresentação à noite.
De repente, um silêncio profundo me faz perceber que algo de errado e de extremo perigo ocorrera. Levanto-me de arma/instrumento em punho, e giro à esquerda em direção ao corredor. Mal o faço, ouço uma explosão abafada vinda de cima: não chego a olhar, mas sei que a tampa do alçapão fora explodida. De lá pula um ninja terrorista com a missão de matar o casal; antes, ele eliminará o seu segurança. Sinto ser fulminante e eficazmente atacado na garganta, sem nem mesmo chegar a ver o agressor. O talho cortante não deixa dúvida: sei que estou morrendo. Tudo faz-se um branco só. E nesse estado instaurado permaneço.
Acordo ofegante e, insone, fico por um bom tempo repassando o sonho.
Resta ainda um fragmento: estou no banco traseiro de um carro branco, sem ninguém mais em seu interior, nem mesmo motorista. O veículo passa em frente a um conjunto de pequenos prédios, no centro dos quais, voltado pra rua, há um playground; três meninas vietnamitas (a mais velha com uns 17 anos, outra com uns 13 e a menor com uns 10), no alto da escada de um escorregador, têm seus instrumentos em mãos para o início de um ensaio, que alguém de uma das janelas dos prediozinhos iria comandar. Acho a cena bonita e sorrio, querendo ser visto para expressar meu sentimento a elas; mas meu rosto encontra-se semi-encoberto por estar abaixo da linha do banco do carro.
10 de out. de 2010
sem vestígio
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